ESTREANTES VÃO À FINAL DAS OLIMPÍADAS DE HISTÓRIA

Entraram de sola: já na primeira participação, foram à final. Assim foi a participação da equipe da Escola da Ilha Smell like a team spirit(música do Nirvana),formada por Isabela Xavier (1ª série), Diogo Franchin de Paula e Alena Zea  (9° ano), todos com apenas 15 anos de idade.

Organizada pelo Departamento de História da Universidade de Campinas, a competição mobiliza alunos do 8° ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio de todo o Brasil. Na sua 10ª edição, a competição teve como lema: “Desafio para uma educação democrática” e teve 57.500 inscritos (14.300 equipes, 347 de SC).

Seis equipes da Escola (18 alunos) se inscreveram e passaram pelas 6 primeiras fases da competição, realizadas pela internet. Apenas 2 equipes de Santa Catarina passaram para a final, realizada em Campinas, a da Escola ficando em primeiro lugar.

Alunos da Escola participaram das 7 últimas edições da competição, inicialmente sob a tutela da professora Janete Guimarães, depois de Michele Morais, professora de História. Há 4 anos, uma equipe da Escola se classifica para a final.

“Resolvi entrar na ONHB por curiosidade. Nossa equipe foi montada no improviso, foi uma surpresa termos ido para a final”, revela Isabela. Alena concorda: “Foi um belíssimo desafio. Como equipe mais nova da escola, não achei que a gente ia passar nas provas, ainda mais ir para a final.” 

“Os alunos da equipe finalista foram incríveis, tornaram-se grandes parceiros e, apesar do nervosismo da prova final, tiveram grande habilidade e autonomia para encarar o desafio de escrever coletivamente uma redação. Eles de fato provaram que as exigências das provas da ONHB são diferentes das de sala de aula”, explica Michele.

A Michele nunca deu uma resposta pronta, ela nos questionava e ajudava a refletir a respeito das questões para que nós mesmos chegássemos às próprias respostas”, afirma Alena.

“Nosso principal objetivo como equipe mais nova foi manter-se na competição. As primeiras fases foram bem difíceis, pois estavam ligadas a temas da atualidade, por isso acabamos utilizando até o Tweeter como fonte de pesquisa. Mas o mais difícil mesmo foi escrevermos a dissertação da prova final em três horas, cujo tema foi a representatividade das minorias, indígenas, mulheres e negros no Senado Federal”, conta Diogo.

A ONHB é inovadora, na forma de estudar a história brasileira. Cada etapa tem um desafio diferente, no conteúdo – na maioria das vezes com questões interdisciplinares -, nos suportes para a pesquisa – documentos, fotos, livros, reportagens, literatura, músicas – e na forma de responder – poemas, músicas, fotos, reportagens, redações, jornais.

Ao final da competição, a professora Michele Morais participou de um curso de formação realizado pelos organizadores para os professores das equipes finalistas. “A proposta central foi nos fazer repensar algumas práticas e metodologias do ensino da História nas escolas, trocar experiências com outros profissionais da área e ainda o fazer o intercâmbio de diferentes conteúdos da disciplina”, declarou a professora.

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